Céu Vermelho Cinzento: Quando o Caminho para Casa se Transforma em um Pesadelo
Céu Vermelho Cinzento é um conto de terror e mistério que possui a seguinte premissa:
Voltando do trabalho a caminho de casa. Taylor percebe que algo estranho o espreita nas escuras, a coisa piora quando ele se dá conta de que sua casa não está mais lá.
Aquele não parecia ser mais o caminho que ele pegava rotineiramente. Havia algo estranho naquela rua. As casas pareciam desertas, o gramado das casas estava por aparar. E Taylor sentia-se estranho.
— Que droga tá acontecendo? — perguntava a si mesmo, sem entender aquela sensação de estranheza.
Diminuiu os passos largos para prestar mais atenção ao redor. Notou que, diferente de todos os dias, não havia ninguém nas casas. Elas pareciam desertas, e isso chamou-lhe a atenção.
Ele prosseguiu em direção à sua residência. Havia tido um dia cheio e estava muito cansado.
— Deve ser coisa da minha cabeça. — dizia ele consigo mesmo.
Enquanto caminhava, o sol começou a ir embora. A claridade já estava se esvaindo, e uma sensação de frio percorreu seu corpo.
O vento balançava seus cabelos escorridos, ao mesmo tempo que empurrava suas vestes contra seu corpo franzino. Estava a meio quilômetro de sua casa.
Taylor caminhou por alguns minutos até que dobrou a esquina que dava para sua casa, ela ficava uns duzentos metros à frente. Nesse momento o sol já havia partido. E embora as leds dos postes de iluminação estejam todas apagadas, ainda é possível enxergar com clareza.
Taylor não deixou de reparar no céu cinza avermelhado. Porém, aquela paisagem não lhe trazia alegria. Não era belo, embora normalmente fosse. Mas o jovem sabe que essa não é uma situação normal. Sobre isso ele já tem certeza. E não, não é por conta das nuvens escuras, cujo vermelho clareia sua face, mas sim por conta dos seres que o observam nas escuras.
O rapaz estava trêmulo, mas continuava a caminhar. Afinal, não tinha outra opção, pois tudo o que podia fazer era seguir em frente. Mal sabia ele que aquela era uma péssima escolha. Não que houvesse outra.
A cada passo dado, a sensação de estar sendo observado se mantinha como numa linha crescente. Sim, constantemente, a ponto dele ficar um tanto conturbado. Nervoso e muito preocupado, com o que poderia estar à espreita. Não podia ver, mas podia sentir. Havia algo lá, observando na encolha.
Taylor ouve passos que se aproximam, parecem vir de detrás. O vento na noite fria não lhe causa nenhum conforto, mas só aumenta o mal estar.
Ele para, respira, respira ainda mais fundo e prossegue. Sem motivos aparentes, ele teme olhar para trás, não entende o porquê, mas sente medo de olhar. Medo de encontrar o desconhecido, talvez?
Bem, seja lá o que for, é algo que foge do seu controle. Taylor já não está mais no domínio da situação. Sua mente é tomada por pensamentos angustiantes, como se algo naquele lugar quisesse dizer-lhe alguma coisa. Ele já não sabe se olha ou não, se para, ou se segue adiante. Está confuso, mas esse não é o maior de seus problemas...
Uma estranheza inquietante lhe toma de mau jeito quando percebe que sua casa não se encontra lá. Apesar de estar diante do que deveria ser a sua residência, a única coisa que encontrou foi um terreno baldio.
— Como assim? — pensou em voz alta.
— Você já vai descobrir... — Taylor ouve uma voz detrás de si. O tom sonoro era como de vários cães rosnando a uma só voz.
Ele instintamente se vira para trás, a fim de encontrar o fonte daquele grunhido. Mas nada encontra, senão a rua deserta. O rapaz não entendia que diabos era aquilo, sentou-se atordoado na calçada enquanto levava as mãos à cabeça, seus olhos fechados demonstram seu desespero. Uma forte dor de cabeça repentinamente caiu sobre ele, sua visão ficou turva enquanto a tontura o nocauteava, fazendo-o desabar.
Enquanto seu corpo imóvel estava caído na calçada, no outro lado da rua, um ser que trajava uma vestimenta preta o observava atentamente, enquanto acariciava a cabeça de seu cão infernal:
— Esse daí vai nos divertir bastante. — dizia com um sorriso maldoso em seu rosto.
Seu aspecto era como o aspecto de um ser decadente. Sua pele envelhecida e olhos negros, revelavam que não havia alma dentro de si. Da mesma forma, seus dentes podres e sua cara deformada, denotavam que aquela criatura não era humana.
Mas a criatura não estava sozinha. Um pouco mais distante dali, outros iguais se aproximavam a passos largos.
[Continua...]
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